Projetos de Extensão: Entenda #1 - A universidade não deve ficar fechada

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A Extensão Universitária baseia-se no trabalho coletivo e visa a cidadania 

Amanda Fonseca* 

“Qual o retorno que a universidade dá à sociedade?”. Essa é a questão levantada por Marcelo Carbone Carneiro, vice-diretor da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) da UNESP Bauru, na tentativa de definir o que seria um projeto de extensão. Para o Prof. Carbone, é difícil conceituar com precisão absoluta, mas é necessário que o conhecimento gerado se relacione com o meio social. 

A Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) elenca 11 “áreas temáticas” que norteiam a definição de uma atividade de extensão. As áreas são as de cultura, direitos humanos, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia, trabalho, ciências agrárias e veterinárias, espaços construídos e política e economia. 

No Guia de Extensão Universitária, um dos objetivos apresentados é o de promover a democratização da cultura científica, artística e humanística, viabilizando uma relação transformadora entre universidade e sociedade. Além disso, entende-se que a extensão universitária tem o papel de discutir e criar novas metodologias e tecnologias, articulando ensino e pesquisa e intervindo na solução de situações-problema apresentadas por setores da cidade. 

Um dos projetos que está bem contextualizado no sentido de tentar solucionar problemas da população é o “Jornal Ferradura”. A publicação que é bimestral existe há 6 anos e é feita somente por estudantes de Jornalismo da UNESP Bauru. Seu foco principal é o de tentar integrar o Ferradura Mirim, um bairro bauruense de periferia, ao restante da cidade. Mayara Alves Reis, uma das atuais editoras do jornal, garante que os resultados aparecem, como por exemplo a implementação de asfalto nas ruas principais do bairro, que antes eram de terra, permitindo que os ônibus circulem por lá. Outro projeto com objetivo semelhante é o “Voz do Nicéia”, que busca chamar atenção para os problemas do bairro Jardim do Nicéia, também na cidade de Bauru.

*Amanda Fonseca é estudante do terceiro termo de jornalismo diurno e fez este texto para o jornal laboratorial EXTRA em 8 de abril de 2013. Este post foi uma colaboração em comum acordo com a aluna.


Comentário do CACOFF:
Apesar de alguns projetos de extensão cumprirem sua função social, a grande maioria ainda não atinge a comunidade externa à universidade. Mais do que isso,  vários projetos de extensão da FAAC vem pra suprimir necessidades prático-teóricas que as antigas grades curriculares não conseguiam dar conta. Dessa forma, os projetos de extensão perderam sua principal finalidade e tornaram-se endógenos, restritos ao campus. Tornaram-se assim projetos laboratoriais, com pouco caráter social ou sem vínculo com pesquisas acadêmicas, como deveriam ser, segundo previsto por editais do MEC, Ministério da Educação e Cultura.


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