Segundo ano de Rádio e TV consegue abrir processo investigativo contra professor

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Não é de hoje que alunos de rádio e tv da UNESP Bauru se decepcionam com o professor João Baptista Winck e com as aulas ministradas por ele. Essa situação se arrasta há no mínimo 4 anos, segundo relatos de estudantes já formados. Winck é responsável por algumas disciplinas, entre elas a de roteiros audiovisuais, que há tempos deixa a desejar, quando não causa revolta por parte dos alunos.

A disciplina em questão é dada no primeiro semestre do segundo ano do curso e, por estar localizada dessa forma na grade, espera-se que seja fundamental, visto que os alunos, a partir daí, realizarão projetos audiovisuais ao longo do curso. Saber analisar, reconhecer e fazer roteiros é essencial, porém os alunos passam pela disciplina aprendendo menos que o básico da matéria. A aula de Winck é repetitiva e reflete a falta de preparo do professor. Ao longo das aulas, tem-se a impressão de estar vivendo a primeira, introdutória, a todo tempo. O conteúdo é ralo, quando existente.

Esse ano os alunos foram avaliados precariamente. Nenhum roteiro foi avaliado: ao invés disso, dividiu-se a sala em 3 grupos que deveriam entregar um curta-metragem. Com a greve, a entrega dos trabalhos foi adiada para o segundo semestre, porém cada aluno recebeu nota 5 devido ao prazo para entregar as notas ao departamento. A nota, segundo Winck, seria trocada posteriormente de acordo com os trabalhos realizados.

Foram protocoladas duas faltas do professor, uma delas no dia escolhido pelo mesmo para a entrega de trabalhos preliminares que contariam na nota final. Dois abaixo-assinados começaram a circular: um pedindo que a disciplina em questão, Roteiros para TV, fosse dada novamente por outro professor e outro pedindo que a próxima disciplina de Winck, Adaptações Literárias, fosse também atribuída a outro docente.

No dia 2 de julho Winck mandou um e-mail aos alunos pedindo os trabalhos, que, segundo ele, estavam marcados para serem entregues no dia 1, o que não era verdade. Os alunos responderam, em carta, que não entregariam, pois todo o trabalho que tiveram foi realizado intuitivamente, sem acompanhamento do professor. Winck respondeu dizendo que ficariam sem nota e teriam que fazer a disciplina de novo, porém acabou dando nota 5 a todos.

Durante a re-matrícula das férias, a disciplina Adaptações Literárias continuou sendo ministrada por Winck, o que fez com que a sala organizasse um boicote a aula, que acabou com apenas um matriculado. Com isso, foi aberto um processo investigativo dentro da faculdade a fim de esclarecer o ocorrido.

Nessa quinta-feira, 21/10, o professor, quatro alunos do curso e a chefe do departamento de comunicação social Letícia Passos Affini foram convocados a depor, em frente à biblioteca do campus, a partir das 14h.

O Centro Acadêmico de Comunicação Florestan Fernandes (CACOFF) apóia a mobilização dos alunos de Rádio e TV no caso Winck. Esperamos que o departamento e a diretoria se posicionem de forma crítica e que sejam considerados no processo investigatório a análise e o relato dos alunos que há, no mínimo, quatro anos demonstram insatisfações com o desempenho do docente.


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