15 anos sem Florestan Fernandes
No dia 10 de agosto de 1995, morria Florestan Fernandes, uma referência continental no desenvolvimento metodológico e científico da sociologia. Paulista, , nascido em 1920, filho de migrantes portugueses,o sociólogo deixou mais de 50 obras, foi deputado federal constituinte, eleito pelo Partido dos Trabalhadores e professor rigoroso.
De origem humilde, fez de tudo na vida, trabalhando e ajudando a sobrevivência familiar, até romper as barreiras elitistas da USP e tornar-se seu aluno, professor e mais tarde um mestre de referencia.
Sempre manteve a coerencia ideológica de compromisso com a classe trabalhadora.
Punido pela ditadura militar , amargou o exilio.Voltou e continuou a luta em defesa da classe.
É sem duvida o mais importante intelectual organico do século XX. Bebeu na fonte dos classicos e estudou com mais profundidade as classes sociais na sociedade brasileira.
Defendeu com coragem a necessidade de uma verdadeira revolução social, que pudesse construir uma sociedade justa e igualitaria em nosso país.
http://www.youtube.com/watch?v=AmDfuadOWkI&feature=player_embedded
O Povo brasileiro, a classe trabalhadora, os movimentos sociais e os intelectuais organicos, todos os que desejamos mudanças na sociedade brasileira, ficamos de luto.
Mas, seu legado nos anima a continuar a luta.
Florestan defendeu como ninguem a importancia da educação, da formação da consciencia de classe, do acesso aos conhecimentos, como uma necessidade da classe trabalhadora para libertar-se da humilhação, discriminaçao, opressão e da exploração imposta pelos ricos e poderosos.
O MST se orgulha de ser um dos seus seguidores e ter apreendido muito com suas teorias e exemplos.
Por isso nossa escola nacional de formação de quadros, localizada em São Paulo, chama-se Escola Nacional Florestan Fernandes.
Florestan Fernandes, segue vivo, por sua obra e exemplo de vida.
“Contra a intolerancia dos ricos, a intrasigencia dos pobres”!
São Paulo, 10 de agosto de 2010.
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"O subdesenvolvimento, em suma, tem alimentado o desenvolvimento. Esse paradoxo só desaparecerá quando os de baixo lutarem organizadamente contra a espoliação, exigindo transformações profundas na política econômica, nas funções do Estado e na estrutura da sociedade de classes". Florestan Fernandes