formação de opinião

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1 -A imparciabilidade já é um ponto pacífico no universo da comunicação. Todo mundo tem um lado – ou mais de um – nenhum jornalista e muito menos algum veículo de comunicação são isentos. Não existe nenhum lado que informa exatamente aquilo que acontece.
Mas isso não isenta nenhum comunicador a ser o mais responsável possível no seu trabalho e nem serve de argumento para a manipulação ou bizarras de contextualização de dados ou fatos.
2- Conhecer a realidade e interpretá-la depende, teoricamente, só do nosso senso crítico. A informação de um fato chega até nós e então o interpretamos. Simples assim? Nem tanto. Há um grave problema em como essa informação chega até nós. No Brasil não temos vários e plurais veículos de informação, não há vários lados.
Os grandes meios de comunicação, em geral, apresentam uma visão ligada a classe média, neoliberal e, digamos, mais ‘direitista’. O problema não está no posicionamento assumido, afinal ninguém é imparcial mesmo. O problema é que ao ser ver nas capas das maiores revistas, dos jornais de maior circulação e nos programas de maior a audiência a mesma visão sobre determinado assunto, somos influenciados a pensar que eles estão falando a verdade e não aquilo que eles pensam sobre a realidade.

3- O MST é uma boa ilustração do que queremos dizer com este post. A grande mídia tem uma clara visão negativa sobre a atuação deste movimento. Bem, é o direito deles. Porém as pessoas que deveriam estar recebendo informações dos acertos ou das motivações desta organização, só fica sabendo dos ‘exageros’ e ‘violências’ dos ‘desocupados’ e ‘vagabundos’ que formam a base deste movimento.
Na Televisão vemos os tratores que derrubaram os pés de laranjas da Cotrale, mas nenhum canal mostrou as irregularidades dos documentos de posse da propriedade e nem os processos movidos pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).


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