Carta do CACOFF aos estudantes de Comunicação da UNESP/Bauru

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O Centro Acadêmico de Comunicação Florestan Fernandes (CACOFF) como representante dos alunos de Jornalismo, Rádio e TV e de Relações Públicas da UNESP/Bauru repudia o ato da diretoria da FAAC de PROIBIR um debate democratico sobre o Exame Nacional de Desenvolvimento de Estudantes, o ENADE.
Está agendado para o dia 22/10 uma palestra para os alunos com o propósito de convencernos da importância do ENADE. No entanto, sendo o ENADE uma prova muito contestada, o CACOFF propôs um debate com um professor a favor do ENADE (no caso o próprio que irá ministrar a palestra) e um professor contrário à realização do exame.
O CACOFF entende que para uma explanação democrática deve ser realizado um debate que estimule a reflexão de cada individuo, garantindo um diálogo justo dentro da universidade ao invés de uma palestra unilateral e nitidamente parcial à realização da prova.
Nossa proposta foi NEGADA, com uma explicação é muito simples: o reitor acha que temos sim que fazer a prova e ponto.
Vale lembrar em mais esse momento que a democracia na universidade é contestada e boicotada, começando pela forma de escolha dos reitores, por exemplo. Enquanto os professores têm no total de seus votos o peso de 70%, os alunos possuem apenas 15%, afastando-nos das decisões do futuro da universidade e facilitando que os professores mandem e desmandem cada vez mais.
No caso do ENADE, uma assinatura unilateral de um reitor da UNESP, nos obriga a realizar a prova sob pena de não retirarmos o diploma se não comparecermos no dia de sua realização.
O CACOFF entende que esta não é uma avaliação válida, e buscamos o diálogo com os estudantes para juntos pensarmos e decidirmos qual postura tomar frente a esse modelo de julgamento de nossos cursos. Queremos sempre o diálogo democrático no qual ambas as partes (favoráveis e contrários) tenham poder de argumentação, como foi o grupo de discussão “GD ENADE”, realizado no dia 23/09.
Uma palestra onde um fala e outros ouvem, nesse caso específico, soa como uma espécie de lavagem cerebral e isso nos parece um tanto quanto pouco democrático. A proibição do debate agrava ainda mais essa situação, demonstrando que o pensamento dos estudantes pouco importa para os que estão governando a universidade.
Reintero que propomos um DEBATE, e ele foi NEGADO.
O CACOFF está articulando uma mesa-redonda com o ponto de vista contrário ao da palestra para que aí sim, os alunos em assembléia possam decidir com clareza e coletivamente que postura tomar diante a prova.
Para finalizar 3 perguntas:
O que é universidade? Quem é a universidade? E que universidade queremos?


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Um comentário:

  1. Essa proibição é um absurdo! Sugiro ao Cacoff que tentem divulgar essa medida totalmente autoritária à imprensa de Bauru!

    Também sugiro que no dia da palestra seja feito algum tip de protesto a essa medida, em sintonia com os alunos, e que seja forçado um debate.

    Não podemos aceitar isso sem fazer nada! E temos que realizar um debate sim!

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