1 ano de RU na Unesp Bauru: que pensam os estudantes? (parte 3)

O RU da Unesp Bauru tem a administração terceirizada da empresa Silus Seviços Eirelli EPP (cujo nome fantasia é ‘Eu Alimento'), situada na cidade de Votorantim. A contratação de empresas terceiras ou concessão de serviços públicos via licitação é prática comum nas IES. (Foto:Ninjoco)

A gestão da chapa ‘Mosaico’ do DADiCa publicou em sua página do Facebook novas medidas em virtude da renovação de contrato de concessão e terceirização da administração do RU.

Mais difícil que entender a burocracia do processo de reserva - pois há de se notar que são questão de rigor e melhoria no aproveitamento do consumo das 300 reservas - é a falta de clareza nos termos da renovação. Quem faz Unesp já conhece o completo desequilíbrio entre oferta e demanda dos benefícios e políticas de permanência, logo o que se espera da Comissão do RU, do GAC, da AG do campus Bauru e da reitoria é o investimento em esforços para que haja, no mínimo, aumentos plausíveis no número de refeições e a abertura do RU no período noturno.
Na época da abertura do bandeco, além da disparidade de perspectivas entre GAC e AG (em texto desse mesmo blog), o Diretor Técnico Administrativo Cláudio de Martino citou a necessidade de nova licitação para que haja refeições noturnas, enquanto que Dagmar Hunger, presidente do GAC na época, falou da necessidade de avaliação do contrato, que era de 15 meses.
Nessa renovação contratual mais do que a produção de reajustes nos preços (de R$8,70 para R$9,40 na refeição sem subsídio), espera-se a adequação da instituição a uma alimentação regular.

3 refeições por dia


Lá no restaurante da FEB, Rodrigo também me dizia:
- Pra mim, almoço já é o suficiente.
Sim, dificilmente o universitário faria as três refeições diárias somente nas dependências do campus, como ocorre em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas faria até duas se tivesse opção.
Durante a ocupação do RU em 2013 haviam disponibilizados documentos datados do início da década de 90, onde havia um projeto de RU maior tanto no número de pessoas comportadas quanto na quantidade de refeições. E ainda por cima tendo ‘desjejuns’, almoço e jantar(!). Talvez nem tudo que o projeto daquela época descreve seja o ideal para hoje, mas com toda certeza contemplaria em grande parte as necessidades estudantis. Maithê vê bom proveito em tomar um café da tarde:
- Não jantaria, porque minhas aulas acabam às seis da tarde. Pra mim é muito tranquilo ir pra casa e fazer minha comida lá. Se tivesse alguma coisa à tarde, acharia bem interessante, além das cantinas, uma outra opção de lanche ou um café da tarde.
Já Édipo enxerga a a importância do jantar para o período noturno:
- Um café da tarde é sempre bom. Sou do diurno, então em muitas tardes acabo ficando aqui, é legal. Não sou do noturno mas um jantar super aprovaria.
Dependendo da renda do estudante, por economia o ideal para ele seria consumir as três refeições subsidiadas. Afinal a finalidade principal do RU é colaborar para que, mesmo estudantes fora da realidade socioeconômica do campus (e há coletivos que a expressam especialmente como não-branca), se tenham oportunidades iguais.

João Vitor Campos dos Reis (Ninja) foi coordenador de assitência ao estudante (2011-2014) nas chapas 'Reativa' e 'Reforma' do Diretório Acadêmico di Cavalcanti (DADiCa).


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