O Centro Acadêmico de Comunição “Florestan Fernandes”, o CACOFF, está sofrendo ação judicial, movida pelo professor João Eduardo Hidalgo. A ação se refere a um post do blog do Cacoff, no qual, segundo o mesmo, sendo “um professor acadêmico referência tanto nacional, como internacional”, teve “sua honra objetiva e subjetiva ofendida, por meio de publicações difamatórias e injuriosas”. No entanto, o post é completamente livre de tais acusações.

Leia o post em que o Professor João Eduardo Hidalgo usa como base para o processo. 
 

Processo Interno 

Dentro da Unesp de Bauru, o professor João Eduardo Hidalgo entrou com um processo de apuração preliminar interno contra os estudantes Luana Rodriguez e Gabriel Maia Salgado. A ação foi feita devido a uma matéria no jornal laboratorial Extra sobre o movimento estudantil, a qual citava as reivindicações estudantis da faculdade no primeiro semestre de 2011. Gabriel Maia Salgado, participante do CACOFF de 2008 a 2012, foi uma das fontes (entrevistado) da matéria, mas em nenhum momento citou o nome de João Eduardo Hidalgo. Já o professor e chefe departamental, Jean Cristtus Portela, foi acusado de estar manipulando os estudantes como forma de perseguir o professor Hidalgo. 


Como se não bastasse a tentativa de abrir processo interno contra os alunos Gabriel e Luana e contra o professor Jean Cristtus Portela  (Processo de apuração preliminar de denúncia contra servidor e centro acadêmico – Nº 1417/45/01/11), o professor João Eduardo Hidalgo foi além das instâncias internas da UNESP e levou para âmbito judicial uma questão puramente acadêmica que envolve sua contratação e as ações legítimas de órgão do movimento estudantil dentro desta instituição de ensino. O professor Hidalgo promoveu ação judicial contra o Cacoff e contra o site de buscas Google. No processo cível de Nº 071.01.2012.019032-0, distribuído no dia 10/05/2012 na comarca de Bauru, os dois advogados de Hidalgo pleiteiam o valor de R$12.440,00 a título de indenização por danos morais. 

CACOFF

O CACOFF entende que a atitude do professor é estritamente política, e visto que suas acusaçãos são infundadas, e no mínimo equivocadas, nossa posição só se reforça. João Eduardo Hidalgo está claramente tentando um método de intimidação para que seu período probatório de contratação passe sem interferências, negando-se a pôr fé em críticas de qualquer natureza. 

Nós, regidos por um estatuto e pela obrigação da defesa do corpo discente e de seus interesses como alunos(as) de uma universidade pública, temos por dever a manutenção da defesa de um ensino de qualidade, o que abraça a necessidade de um posicionamento crítico ante aos(às) professores(as), aos(às) alunos(as) e à própria estrutura da universidade. 

Entendendo que estas são claras tentativas de intimidar a ação dos(as) alunos(as) e suas representações legítimas dentro da universidade, o CACOFF pede a colaboração dos(as) que puderem contribuir para a defesa judicial do centro acadêmico e dos(as) alunos(as), além, claro e principalmente, à manutenção da possibilidade de livre manifestação estudantil com o intuito de lutar por uma universidade gratuita, para todos(as) e de qualidade.

Nós, membros do Centro Acadêmico de Comunicação Florestan Fernandes (CACOFF), da UNESP/Bauru, nos posicionamos a favor da reabertura das salas dos atuais centros e diretórios acadêmicos da PUC/Campinas.

Acreditamos que todas as entidades estudantis, sejam elas de universidades públicas ou privadas, estão em seu pleno direito de ocuparem um espaço que deveria ser democrático, não apenas para o uso da gestão, como também para todos os outros estudantes. Desta forma, ao impor sem justificativas o fechamento das salas dos DA’s e CA’s da universidade, a CACI (Coordenadoria Geral de Atenção à Comunidade Interna) está agindo de maneira intransigente e ilegítima.

Os estudantes haviam decidido por meio do CEB (Conselho de Entidades de Base) não assinar o contrato de comodato proposto pelo CACI 
para legitimar o uso dos espaços. Dentre as clausulas, uma delas colocava que o contrato deveria ser assinado por um membro de cada gestão, responsabilizando-se pessoalmente pela sala, abrindo assim precedentes para uma punição individualizada para qualquer eventual dano que pudesse ocorrer. 

Entendemos a importância deste espaço livre dos alunos, especialmente por estarmos na luta há muitos anos por um espaço próprio. Atualmente, apesar de diversos pedidos junto à diretoria, ainda continuamos utilizando a sala do DADICA (Diretório Di Cavalcanti) como sede, para reuniões e eventos. 

Apoiamos a abertura imediata das salas dos CA’s e DA’s da PUC Campinas, que representam o direito de existir do Movimento Estudantil!


Centro Acadêmico de Comunicação Florestan Fernandes (CACOFF)
Bauru, 29 de agosto de 2012
Nessa terça, 21 de agosto, o Cacoff realiza em sua sala o II Café com Caco - Enade. A partir das 17h30, todos os alunos estão convidados para discutirem sobre o Enade e qual é a importância deste exame para a avaliação do sistema educacional brasileiro e por que muitos estudantes se posicionam contra chegando a boicotar a prova.

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) existe desde 2004 e avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em relação aos conteúdos dos cursos em que estão matriculados.
 
Esse exame faz parte do SINAES – Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior – e é realizado todo ano, num sistema de alternância dos cursos em 3 anos. Neste semestre, a prova será aplicada aos alunos do primeiro e do quarto ano de Comunicação Social (RP, RTV e Jornal) da Unesp.

Quando? Terça feira, dia 21 de agosto.
Que horas? 17h30
Onde? Na sala do Cacoff.

Confirme sua presença no evento e convide seus amigos!